segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Feitiço para encontrar a pessoa que merece o seu amor:


Este é um feitiço que é feito para concentrar as energias 
para a busca de um amor não correspondido. 
É ideal para fazer quando a lua está no primeiro
 trimestre e, quando o sol se põe.

O que você precisa:

Um recipiente
4 pétalas de rosa
Uma vela branca
Um pedaço de pano
Uma colher de chá de canela
Um ramo de loureiro
Eucalipto
Fita

O que fazer:

Primeiro você deve colocar em um materiais da bancada.
 O recipiente de água deve ser adicionado irá colocar 
quatro pétalas rosas.
Então você precisa para acender a vela branca.
 No pano de outros materiais, então, ser dobrado e amarre com uma fita.

Visualize a pessoa que você ama, que você e é o valor.
 Pense nisso por 7 dias e ver os resultados surpreendentes.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Obá


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Obá é um Orixá ligado à água, guerreira e pouco feminina. As suas roupas são vermelhas e brancas, usa um escudo, uma espada e uma coroa de cobre.
0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas.
Obá é um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela.
Obá é a mulher consciente do seu poder, que luta e reivindica os seus direitos, que enfrenta qualquer homem – menos aquele que tomar o seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas rende-se a uma paixão. Obá é a mulher que se anula quando ama.
Obá filha de Iemanjá e Oxalá. Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protectora do poder feminino, por isso também é saudada como Iyá Agbá, e mantém estreitas relações com as Iya Mi. Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino.
Embora Obá se tenha transformado num rio, é uma deusa relacionada ao fogo.
Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o corolário inevitável do amor, portanto, Obá é um Orixá do amor, das paixões, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama.
O lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher e, por uma razão muito elementar, é o lado do coração. Quando Obá é saudada como guardiã da esquerda, isso quer dizer que é a guardiã de todas as mulheres, aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração, por isso dança sempre com a mãe esquerda apontando para o lado esquerdo na latura da orelha, poder genitor feminino, rainha em África da sociedade Elecô, onde homem não entra, as grandes amazonas de Oba. Oba não conhece a cabeça de homem.
Ligadas a Oxóssi pela caça e grande arqueira, ligada a Xangô através do fogo a luta pela vida.
Como pode uma deusa ligada a esses sentimentos, dedicar-se à guerra? Toda a energia das suas paixões frustradas é canalizada por ela para a guerra, tornando-se a guerreira mais valente, que nenhum homem ousa enfrentar. Obá supera a angústia de viver sem ser amada.
Obá troca um palácio por uma cabana, troca todas as riquezas do mundo por uma frase: “Eu te amo”.
Características dos filhos de Obá
Os filhos de Obá não tem muito jeito para se comunicar com as pessoas, chegam a ser duros e inflexíveis. Têm dificuldade em ser gentis e estabelecer um canal de comunicação afectiva com os outros; às vezes são brutos e rudes afastando as pessoas. Isso deve-se ao fato de os filhos de Obá, na maioria das vezes, sofrerem um certo complexo de inferioridade achando que as pessoas que se aproximam querem tirar partido de alguma coisa. De facto, isso tende a acontecer com os filhos de Obá.
A sua sinceridade chega a ferir; expressam as suas opiniões, fazem críticas e acabam por magoar as pessoas, pois não se preocupam em ser agradáveis. Mas essa agressividade é puramente defensiva.
São bons companheiros e amigos fiéis, são ciumentos e possessivos no amor, por isso não têm muita sorte. Quando apaixonados, nunca são senhores da relação, cedem em tudo, abdicam de todas as suas convicções.
Algumas vezes infelizes no amor, investem todas as suas cartas nas suas carreiras e, de entre as mulheres que se destacam profissionalmente numa sociedade machista, podem-se encontrar muitas filhas de Obá excelentes juizas, advogadas, comandando quartéis, etc. Muitas vezes despertam a inveja dos seus inimigos e podem sofrer algumas emboscadas, por isso devem vencer a tendência que possuem para a ingenuidade.
Dia: Quarta-feira
Cores: Marron raiado, Vermelho e Amarelo
Símbolos: Ofange (espada) e Escudo de Cobre, Ofá (arco e flecha)
Elementos: Fogo e Águas Revoltas
Domínios: Amor e Sucesso Profissional
Saudação: Obà Siré!

Oxumaré


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Primeira História sobre o nascimento de Oxumaré
Apesar do desentendimento entre Nanã e Oxalá devido ao abandono de Omulu, seu filho que nasceu com chagas, o casal gerou mais uma criança dessa vez Oxumaré. Mas devido a praga jogada em Nanã, Oxumaré também nasceu com problemas de formação, sem braços e pernas, como uma serpente, ele rastejava pelo chão como o réptil, mas a sua forma era humana. Mais uma vez decepcionada, Nanã abandonou seu filho.
Ao contrário de Omulu, Oxumaré não precisou da ajuda de ninguém para se manter, muito ágil e sábio o Orixá logo aprendeu a sobreviver caçando, nadando e subindo em árvores quando preciso. Ele até plantava sua comida favorita, a batata doce. Orunmilá, o Orixá da profecia, observou o menino e se apiedou do garoto, o tornou um dos Orixás mais belos e o encarregou de levar e trazer as águas dos céus ao palácio de Xangô. Por esse motivo é que pedimos a Oxumaré por chuvas.

Qualidades de Oxumaré

Esse Orixá pode se apresentar na forma masculina ou feminina, sendo ela serpente ou arco-íris. As formas de serpente costumam ser femininas e as de arco-íris masculinas. Veja abaixo alguns de seus nomes:
Vodun AzaunodorOxumaré representado como um príncipe branco e está relacionado com o passado;
DanCobra que participou da criação da humanidade,
 na forma humana é muito generoso, está relacionado as chuvas e a riqueza, abundância.
Vodun Frekuené uma serpente venenosa, representa seu lado feminino
Vodun DangbéOrixá velho e pai de Dan. Muito inteligente e esperto, é governador do movimentos dos Astros, costuma fazer adivinhações.
Vodun BessenGuerreiro generoso e ambicioso. Apresenta-se de branco com uma espada, é dono do terreiro Bogun.

Oferendas para Oxumaré

Os Orixás gostam de receber comidas como oferendas. Com Oxumaré não é diferente.
Batata Doce para Oxumaré
Ingredientes: 500 gr de batata doce, feijão fradinho e dendê.
Modo de Preparo: cozinhe a batata doce e a descasque. Após o processo, adicione dendê e a amasse até formar uma pasta homogênea. Divida essa pasta em duas partes iguais e molde duas serpentes com elas em um formato de circunferência, uma com a cabeça na direção do rabo da outra. Faça os olhos das serpentes com o feijão fradinho e decore o corpo delas com ele se preferir. Regue com mais dendê e ofereça ao Orixá.
Velas brancas podem acompanhar a oferenda.
Inhame Especial para Oxumaré
Ingredientes: Dendê, coco, mel, 1 inhame grande, feijão fradinho, milho vermelho, cebola e camarão seco socado.
Modo de Preparo: cozinhe separadamente o feijão fradinho só em água e em outra panela o milho vermelho só em água. Refogue no dendê a cebola com o camarão seco socado. Em metade de um alguidar, coloque o feijão fradinho cozido e na outra parte, preencha toda com o milho vermelho também cozido. Coloque o refogado por cima, o inhame deverá ser cortado em fatias e frito, sendo acrescentado por cima de tudo. Acrescente o coco e para finalizar, regue com bastante mel.

Dia de Oxumaré

A Terça-feira é o dia dedicado ao Orixá.

Cores de Oxumaré

Todas as cores do arco-íris são atribuídas a Oxumaré e suas vestimentas são amarelas e verdes.

Características dos Filhos e Filhas de Oxumaré

Os filhos de Oxumaré, não têm medo da mudança, na verdade eles buscam pelo novo, podendo ser em carreira, ciclo de amizades, moradias. A incerteza e a coragem de arriscar fazem parte de suas vidas e eles estão sempre se sacrificando para assim começarem um novo ciclo incerto, mas que trazem a eles muita motivação e felicidade.
Eles não conseguem parar, mantém-se agitados o tempo inteiro, costumam ser pessoas magras com dificuldade de engordar. Por causa das características das cobras, seus filhos têm dificuldade de “enxergar” o verdadeiro valor das coisas e acabam se apegando a bens materiais. E não só os adquirem, como gosta de mostrar a todos que os conseguiu, eles possuem paixão por suas riquezas.
São guerreiros e esforçados, não fogem da luta para poderem alcançar o que almejam. Apesar da grande agitação são extremamentes pacientes para esperar pelas oportunidades e “dar o bote” para agarrar o que desejam.

Sincretismo de Oxumaré

No catolicismo, o sincretismo desse Orixá é São Bartolomeu, cuja data de celebração é 24 de agosto. E é cultuado tanto no Candomblé quanto na Umbanda, ambos caminhos que nasceram na África e vieram para o Brasil.

Oração para Oxumaré

“ARRUMBOBÔ OXUMARÉ ORIXÁ
AXÉ AGÔ MI BABÁ, AGÔ AXÉ, SALVE
Adorada cobra de Daomé,
Salve as sete cores que te revelam no céu,
Salve a água, salve a terra,
Cobra de Dan, proteja-me, Senhor,
Dos movimentos dos astros,
Da rotação e da translação de tudo,
O que nasce, o que se transforma,
Oxumaré (fazer o pedido), tu que és,
Orobóros e Deus do Infinito, faça com que meu dinheiro
Se multiplique, com que meu suor vire riqueza,
Que eu vença e que ninguém se oponha a mim,
Creio em ti, Babaê,

Sei que já estou vencendo!”

Saudação a Oxumaré

Arroboboi Oxumarê!
A saudação tem o significado de “Salve o Senhor do Arco-íris” ou “Salve o Senhor dos Ciclos”.
Oxumaré é a presença de tudo que é contraditório, mas que se completam. O movimento do planeta e as nossas vidas estão nas mãos desse lindo Orixá que não se cansa da vida e de sua beleza.

Exu






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Exu é o mais sutil e astuto de todos os orixás. Ele aproveita-se de suas qualidades para provocar entre as pessoas, mal entendidos, discussões ou armadilhas. Exu pode fazer coisas extraordinárias como carregar óleo numa peneira, ou matar um pássaro ontem com pedra que jogou hoje. Exu pode ser terrível se as pessoas esquecerem de homenageá-lo. É necessário, pois, fazer sempre oferendas à Exu antes de qualquer outro orixá. A segunda feira é o dia da semana que lhe é consagrado.
Certa vez, dois amigos de infância, que jamais discutiram, esqueceram-se de fazer-lhes as oferendas devidas. Foram para o campo trabalhar, cada um na sua roça. As terras eram vizinhas, separadas apenas por um estreito canteiro.
Exu, zangado pela negligência dos dois amigos, decidiu preparar-lhes um golpe à sua maneira. Ele colocou sobre a cabeça um boné pontudo que era branco do lado direito e vermelho do lado esquerdo, seguindo depois para o canteiro.
Chegando à altura dos dois trabalhadores amigos, muito educadamente os cumprimentou: "Bom trabalho, meus amigos!" Estes, gentilmente, responderam-lhe: "Bom passeio, nobre estrangeiro!"
Assim que Exu afastou-se, o homem que trabalhava no campo à direita, falou com seu companheiro:
"Quem poderia ser este personagem de boné branco?"
"Seu chapéu era vermelho", respondeu o homem do campo à esquerda.
"Não, ele era branco, de um branco de alabastro, o mais belo branco que existe!"
"Ele era vermelho, um vermelho escarlate de fulgor insustentável!"
"Ele era branco, trata-me de mentiroso?"
"Ele era vermelho, ou pensas que sou cego?"
Os dois amigos tinham razão e estavam furiosos da desconfiança do outro. Irritados, eles agarraram-se e começaram a bater-se, até caírem exaustos no chão.
Exu gargalhava, pois estava vingado!

Isto não teria acontecido, se as oferendas à Exu não houvessem sido negligenciadas, pois Exu pode ser o mais benevolente dos orixás se é tratado com consideração e generosidade.
Uma maneira hábil de obter um favor de Exu é preparar-lhe um golpe mais astuto que aquele que ele mesmo prepara...mas isso já é uma outra história...

Naná Buruke



                                                      



Naná Buruke é conhecida no Brasil como a mãe de Obaluayé - Xapanan. É sincretizada com Santana. Os colares de contas de vidro usados por aqueles que lhe são consagrados são das cores branca, vermelha e azul. Segundo uns, o seu dia é a segunda-feira, juntamente com seu filho Obaluayé; segundo outros, é o sábado, ao lado das divindades das águas. Seus adeptos dançam com a dignidade que convém a uma senhora idosa e respeitável. Seus movimentos lembram um andar lento e penoso, apoiado num bastão imaginário que os dançarinos, curvados para a frente, parecem puxar para si. Em certos momentos, viram-se para o centro da roda e colocam seus punhos fechados, um sobre o outro, num gesto que vimos em Tchetti, na África, e do qual falaremos a seguir. Quando Nanan Buruku se manifesta numa de suas iniciadas é saudada pelos gritos de Salúba! Fazem-lhe sacrifícios de cabras e galinhas de angola, sem utilizar facas, e oferecem-lhe pratos preparados com camarões, sem azeite, mas bem temperados.

É considerada a mais antiga das divindades das águas - não das ondas turbulentas do mar, como Yemanjá, ou das águas calmas dos rios, domínio de Oxun - mas das águas paradas dos lagos lamacentas dos pântanos. Estas lembram as águas primordiais que Odudúa ou Oranmiyan ( segundo a tradição de Ifé ou de Oyó) encontrou no mundo quando criou a terra. Este muito simbolizaria a existência de uma primeira civilização, representada por Nana Buruku, civilização que existia antes da chegada de Odudúa e de Ogum que trouxeram com ele o conhecimento do ferro e de suas utilizações. Nana Buruku teria, aqui, o mesmo papel que Yeyemowo, a mulher de Oxalá - rei dos Igbos estabelecido perto de Ifé, antes da chegada de Odudúa - aproximando-se, assim, da lenda conhecida no Brasil, da existência de um casal Oxalá - Nanan Buruku. Nana Buruku é uma divindade muito antiga na África. A área de influência de seu culto é bastante vasta e aparece se estender à leste, para além do Niger, palos menos até o país Tapa-Nupé; a oeste, ultrapassando o Volta, tinge a região dos Guangs e da nação Gomba. Se o culto de Nanan Brukung tem tendência a se confundir com o de Xapanan-Obaluayê -Omulu, na direção do leste, ele se apresenta bem diferenciado, no oeste, onde seu nome se pronuncia Nanan Burukung. O local da demarcação entre as duas espécies de Nana parece Zumé, Tchetti e Atakpamé, dão, de maneira unânime Siadi ou Schiari ( na região de Adelé, no Gana atual, próximo à fronteira de Togo) como meta de peregrinação ao lugar de origem de Nana Buruku ou Brukung, Em Savé, há também indicações de ligação entre Nanan Brukung e o país Bariba. Tive a ocasião de assistir em Tchetti, no Daomé, próximo de Atakpamé, no Togo, ( ponto de partida para a peregrinação ao Adelé ), a uma série de danças dedicadas a Nana Brukung. As dançarinas, de de idade avançada, evoluíam aos sons de tambores, Apinti, e de sinos de percussão. Todas elas traziam na mão um cajado salpicado de vermelho, como os usado pelos peregrinos. A dança consistia num lento desfile das iniciadas de Brukung e parecia rememorar a peregrinação por elas realizadas. Iam apoiadas em seus bastões, andando um pouco de lado, com passo lentos e circunspetos. Sua atitude imitava a fadiga de uma longa viagem. Paravam de vez em quando, inclinavam-se para frente e estreitavam o seu bastão, entre suas mão fechadas, uma sobre a outra, num gesto que lembrava o dos iniciados de Nana Buruku, no Brasil. As saudações feitas a essa divindade resumem bem as suas diversas características: "Proprietária de um cajado. Salpicada de vermelho, sua roupa parece coberta de sangue. Orixá que obriga os Fon a falar Nagô. Minha mãe foi inicialmente ao país Baribe. Água para que mata de repente. Ela mata uma cabra sem utilizar a faca" Nana Buruku é o arquétipo das pessoas que agem com calma, benevolência e gentileza. Das pessoas lentas no cumprimento de seus trabalhos, e que julgam ter a eternidade à sua frente para acabar seus afazeres. Elas gostam de crianças e educam-nas, talvez, com excesso de mansidão pois têm tendências a se comportar com a indulgência de avós. Agem com tal segurança, e tão majestosamente, que desviam os enganadores, inspirando-lhes um saudável terror, o que os impede de envolvê-las em seus projetos maldosos. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões as mantêm sempre no caminho da sabedoria e da justiça

Ogum





                                                      









  Ogum é na África, em país Yorubá, o deus do ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utilizam este metal: agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores de madeira. Desde o início do século, os mecânicos, os motoristas de automóveis ou de trens, os reparadores de velocípedes e de máquinas de costura vieram se juntar ao grupo de seus fiéis.

        No Brasil, Ogum é sobretudo conhecido como Deus dos Guerreiros. Perdeu sua posição de protetor dos agricultores, pois os escravos, nos séculos anteriores não possuíam interesse pessoal na abundância e na qualidade das colheitas e, sendo assim, não procuravam sua proteção nesse domínio. Como deus dos caçadores ele foi substituído por Oxossi cujo culto era muito popular em Ketu, local de origem dos escravos libertos que criaram os primeiros candomblés da Bahia.
No Brasil, Ogun é uma única divindade, tendo, porém, sete nomes: 1. Ogun Mejê; 2. Ogun Alagmedé; 3. Ogun Onirê; 4,Ogun Alakorô; 5. Ogunjá; 6. Ogun Ominí, 7. Ogun Wari.
O nome Ogun Mejê teria a sua origem na frase em YorubáOgun Mejê Mejê Lodê Iré (Ogum está nas sete partes doIré"), alusão a sete vilarejos, hoje desaparecidos, que teriam existido em volta de Iré. Este número sete, que lhe é associado, é representado nos locais que lhe são consagrados por instrumentos de ferro forjado, em número de sete, quatorze ou vinte e um, alinhados todos sobre uma haste de ferro: lança, espada, enxadas, torquês, facão, ponta de flecha, enxó, símbolos de suas atividades guerreiras, agrícolas, de ferreiro, de caçador, de escultor, etc.

          A origem deste número sete. ligado a Ogun, e do número nove em relação a Oyá-Yansã nos é relatada por uma lenda onde Oyá era a companheira de Ogun Alagbedê(2.º da lista) - Ogun o ferreiro - antes de se tornar mulher de Xangô Ela ajudava Ogun no seu trabalho, levava docilmente suas ferramentas da casa para a oficina e, lá, ela manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia,Ogun ofereceu a Oyá uma vara de ferro, parecida com uma de sua propriedade, e que tinha o dom de dividir em sete partes os homens e em nove as mulheres quepor ela fossem tocados, no decorrer de uma luta. Xangô gostava de vir sentar-se à forja a fimde apreciar Ogun bater o ferro e, freqüentemente, lançava olhares a Oyá; esta, por seu lado, furtivamente o olhava. Xangô era muito elegante, muito elegante mesmo, afirma o contador da história. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá e, um belo dia, ela fugiu com ele. Ogun lançou-se a sua perseguição, encontrou os fugitivos e brandiu sua vara mágica. Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. E, assim, Ogunfoi dividido em sete partes e Oyá em nove, recebendo ele o nome de Ogun Mejê (1.º da lista).

                Ogun teria sido o filho mais velho de Odudúa, o fundador de Ifé. Era um temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Guerreou contra a cidade de Ará e destruiu. Apossou-se drrra cidade de Iré, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oniré, rei do Iré, sendo chamado Ogun Oniré (3.º da lista).
        Por razões que ignoramos, ogun nunca teve direito de usar uma coroa, Ade, feita co pequenas contas de vidro e ornada por franjas de missangas, dissimulando o rosto, emblema de realeza par os Yorubás. Foi autorizado a usar, apenas, um simples diadema, chamado Akorô, e isto lhe valeu ser saudado como Ogun Alakorô (4.º da lista). Ogundecidiu, após numerosos anos ausente de Irê, voltar para visitar seu filho. Infelizmente as pessoas da cidade, celebravam, no dia de sua chegada, uma cerimônia durante a qual os participantes não podiam falar, sobre pretexto algum. Ogun tinha fome e sede. Descobriu alguns potes destinados a vinho de palma, mas ignorava que estivessem vazios. Ninguém o havia saudado ou respondido às suas perguntas. Ele não reconhecia o local por ter ficado ausente durante muito tempo.

         Ogun, cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, para ele considerado ofensivo. Começou a quebrar, com golpes de sabre, os potes e, logo depois, sem poder se conter, começou a cortar a cabeça das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas, tais como cães e caramujos, feijões regados com azeite de dendê e potes de vinho de palma. Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Iré cantavam louvores onde não faltava a menção a Ogunjajá, que vem da frase Ogun je ajá - "Oguncome cachorro"- oque lhe valeu o nome de Ogunjá ( 5.º nome da lista). Satisfeito e calmo, Ogun lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra a dentro, transformando-se em Orixá.

        No Brasil, as pessoas consagradas a Ogun usam colares de conta de vidro azul-escuro e, algumas vezes, verde. Terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Seu nome é sempre mencionado, por ocasião de sacrifícios dedicados aos diversos Orixás, no momento em que a cabeça do animal é decepada com uma faca - da qual ele é o senhor - e o sangue começa a escorrer. É o primeiro, também, a ser saudado depois de Exú, devidamente cumprimentado, é despachado. No momento da entrada dos Orixás manifestados e vestidos com suas roupas simbólicas, é sempre Ogun que desfila na frente, "abrindo o caminho" para os outros Orixás.
Esta primazia foi, no entanto, contestada por Obaluayé eNanan Buruku que, como veremos mais tarde, se insurgiram contra ela e, para provar sua maior antiguidade de vinda ao mundo, se recusaram a utilizar facas de ferro forjado porOgun, este"recém-chegado" !!! Ogun é tambémrepresentado por franjas de folhas de dendezeiro, devidamente desfiadas, chamadas Mariwó. Era, segundo se diz, a roupa por ele usada, em outros tempos, quando a tecelagem ainda não tinha sido inventada.

            Estes Mareiwós, pendurados em cima da porta e das janelas de uma casa, ou na entrada dos caminhos, representam proteções e barreiras contra as más influências.

          Na África, os locais consagrados a Ogun ficam ao ar livre, na entrada dos palácios dos reis e nos mercados. São geralmente pedras em forma de bigorna colocadas sob uma grande árvore, Araba, ( Ceiba Pentandra) e protegidas por uma cerca de nativos, Peregún (Draceana fragans) ou deAkoko (Newboldia laevis). Nestes locais, periodicamente, realizam-se sacrifícios de cachorros e de galos.
O culto de Ogun é bastante difundido no conjunto dos territórios onde se fala o Yorubá e ultrapassa as fronteiras dos países vizinhos, Gegês, no Daomé e no Togo, onde é chamado de Gun. Em todos estes países, Ogun-Gun é respeitado e temido. Tomá-lo como testemunha, no decorrer de uma discussão, tocando com a ponta da língua a lâmina de uma faca, ou um objeto de ferro, é sinal de sinceridade absoluta. Um juramento feito, evocando-se o nome de Ogun, é mais solene e digno de fé que se possa imaginar, comparável àquele que faria um cristão sobre a Bíblia ou um muçulmano sobre o Corão.
         A vida amorosa desse Orixá caracteriza-se pela instabilidade. Ogun foi o primeiro marido de Oyá-Yansã, aquela que se tornaria, mais tarde, mulher de Xangô. Teve, também, relações com Oxun antes que ela fosse viver com Oxossi e com Xangô. E, também, com Obá, a terceira mulher de Xangô. Teve numerosas aventuras galantes quando partia para as guerras, tornando-se, assim, o pai de diversos outros Orixás, como Oxossi e Oranmiyan.
Oranmiyan, ao que se diz, fora concebido em condições muito particulares, dificilmente aceitas por um geneticista, pois teria tido dois pais ao mesmo tempo... De acordo com a lenda, Ogun, no decorrer de suas expedições guerreiras, conquistou a cidade de Ogotum, saqueou-a, dela retirando valiosos despojos. Uma prisioneira de rara beleza, Lakanjé, agradou-o ele não respeitou a sua virtude. Mais tarde, quando a mesma mulher foi vista por Odudúa ( pai de Ogun) este mostrou-se igualmente perturbado, desejou possuí-la, tornando a finalmente como uma de suas mulheres.
Ogun, amedrontado, não revelou a seu pai o que havia se passado entre ele e a bela prisioneira. Nove mês mais tarde,Oranmiyan vinha ao mundo . Seu corpo, entretanto, estava dividido verticalmente em duas dores: marrom de um lado, pois Ogun possuía a cor escura, e amarelo do outro, comoOdodúa, que era bastante claro de pele.

Oranmiyan tornou-se um temido guerreiro, estabeleceu aliança com Elempe, rei do país Tapa-Nupé, casando-se com sua filha Torossí. Desta união nasceu Xangô, do qual falaremos mais tarde. Oranmiyan fundou o reino de Oyo, onde colocou sobre o trono Dada-Ajaka, seu filho mais velho, concebido com outra mulher; instalou seu terceiro filho,Eweka, como rei de Benin e tornou-se, ele próprio, Oni, rei de Ifé, depois da morte de Ododúa.

As saudações, Oriki, festa a Ogun na África demonstram seu caráter aterrador e violento:
Ogun que tendo água em casa, se lava com sangue.
Os prazeres de Ogun são os combates e as lutas.
Ogun come cachorro e bebe vinho de palma.
Ogun, o violento guerreiro.
O homem louco com músculos de aço.
o terrível Ebora que se morde a si próprio sem piedade.
Ogun que come vermes sem vomitar.
Ele mata o marido no fogo e a mulher à beira do fogareiro.
Ele mata tanto o ladrão como o proprietário da coisa roubada.
Ele mata tanto o proprietário da coisa roubada como aquele que critica esta ação.

O arquétipo de Ogun é o das pessoas violentas, brigonas e impulsivas, incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda esperança. Das que possuem humor mutável, passando furiosos acessos da raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas.  

Obaluaê


                                              Resultado de imagem para OBALUAÊ



Nana Buruke, queria um filho e pediu a Ifá, o Deus do destino, que revelasse o que ela desejava saber, e Ifá respondeu: que ela teria dois filhos com Oxalá, ela ficou muito feliz, passados alguns anos, Nana ficou grávida e teve o primeiro filho, pois o nome de Obaluaie, logo no primeiro olha o rejeitou, depois de alguns dias ela o abandonou na praia, numa cesta de palha da costa, deixou o garoto lá e saiu, passado no local YEMANJÁ, viu toda a cena, se aproximou da cesta e pegou a criança em seus braços, logo se encantou por aquela criança, cuidou dele como se fosse seu filho querido, sempre contou tudo o que lhe aconteceu. 
            Obaluaiê se transformou no lindo rapaz, que foi em busca das festas, mulheres, bebidas e se divertiu muito na sua mocidade, mas com isto trouxe muitas doenças venérias, e com varíola e outras doenças, Obaluaie um moço bonito começava a se transformar com o corpo todo machado e chagado das doenças ele envergonhado, pegou com um punhado de palha da costa, e fez uma roupa que lhe cobria da cabeça aos pés para que ninguém visse seu rosto nem seu corpo. 
            Certo dia numa grande festa onde estava todos os Orixás, todos convidados menos Obaluaie, que foi mesmo assim, e alguns se manifestaram contra sua presença, então Obaluaie com raiva ia joga suas pragas, doenças, cólera sobre os outros Orixás, mas Oxalá rei de todos os orixás, não deixou que isso acontece, logo Yansã senhora dos ventos lhe tirou para dança e quando eles dançavam os ventos começaram a sopra cada vez mais forte, os ventos comeram a levanta as palhas da costa e o corpo e o rosto de Obaluaie foram aparecendo, e todos viram o belo rosto e o moço bonito que se escondia debaixo de toda aquela palha. 
Logo se transformou em um  guerreiro terrível que, seguido de sua tropas, percorria o céu e os quatro cantos do mundo. Ele massacrava sem piedade aqueles que se opunham à sua passagem. Seus inimigos saíam dos combates mutilados ou morriam de peste. Assim ele chegou  em território Mahí, no Daomé.
Quando souberam da chegada iminente de Obaluaie, os habitantes desta região consultaram, apavorados, o oráculo e ele assim falou: "Ah! O Grande, Guerreiro chegou de Empê!, Aquele que se tornará senhor do país!
             Aquele que tornará esta terra rica e próspera, chegou!
            Se o povo não o aceitar, ele o destruirá!
            É necessário que supliquem a ele que os poupe. façam-lhe muitas oferendas; todas que ele goste: inhame pilado, feijão, farinha de milho, azeite de dendê, picadinho de carne de bode e muita, muita pipoca!
Será necessário também que todos se prostem diante dele, que o respeitem e o sirvam. Logo que o povo o reconheça como pai, Obaluaie não o cambaterá, mas protegerá a todos!"
Quando ele chegou, conduzindo seus ferozes guerreiros, os habitantes reverenciaram-no, encostando suas testas no chão e saudaram-no: "Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!" (respeito e submissão). Obaluaie acolheu os presentes e as homenagens e instalou-se assim entre os Mahís.
            O país prosperou e enriqueceu.
Obaluaie  é considerado o deus da varíola e das doenças contagiosas. Ele tem, também o poder de as curar. As doenças contagiosas são, na realidade, punições aplicadas àqueles que se conduziram mal ou o ofenderam. Seu verdadeiro nome é perigoso demais para ser pronunciado, por isso aqui foi omitido. Por prudência, é preferível chamá-lo de Omulu (Filho do Senhor), ou Obaluaê (Rei, Senhor da Terra).